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Reforma quer aplicar a capitalização e acabar com a previdência

Além da mudança das regras gerais, a reforma da previdência quer implementar o regime de capitalização, que se resume no seguinte: o segurado passa a administrar, individualmente, parte ou a totalidade de seus repasses, junto a uma previdência privada, e sem a contribuição das empresas.

A capitalização tem como objetivo acabar com o próprio sistema atual do INSS, que é o da Repartição, que é baseado na solidariedade e universalidade – o sistema da repartição pode ser resumido assim: aposentar as pessoas com dignidade para dar lugar aos jovens no mercado de trabalho.

Os efeitos de uma possível transição do atual modelo de Previdência Social, de repartição, para o de capitalização, já está sendo visto como o fim da Previdência Social e trará enorme insegurança ao trabalhador que aderir ao sistema de poupança individual que será gerido por um fundo de investimento privado.

Uma reforma idêntica, tendo como eixo a capitalização, foi aplicada no Chile. E lá, milhões de pessoas que durante 30 anos participaram da poupança individual viram agora, na hora de se aposentar, que os fundos privados de investimentos erraram na aplicação dos recursos. Resultado: as pessoas que investiram na capitalização vão ganhar R$ 200, R$ 400, R$ 500 de aposentadoria por mês.

É uma proposta que quer desonerar totalmente o empresário e colocar nas costas do trabalhador toda a responsabilidade de manutenção do sistema. Obviamente, o modelo chileno que Bolsonaro quer copiar vai criar em curto prazo déficit fiscal (as empresas cessam de contribuir) e a longo prazo aumentará a pobreza dos idosos. Ou seja, um desastre total para o País.

O governo faz terrorismo, dizendo que sem a reforma a previdência “vai quebrar”. Mentira! A CPI da Previdência realizada pelo Senado em 2018, com a participação de todos os partidos, confirmou que o instituto de seguridade brasileiro é viável e que o problema é de gestão, sonegação, dívidas não cobradas, ausência de fiscalização mais rigorosa, desonerações, roubalheira e desvinculação de receitas.

No dia 24 de abril, os profissionais de educação, uma das categorias que mais será atingida se essa reforma passar, irão paralisar as atividade nas redes estadual e municipal do Rio. Participe!

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