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Morte da menina Ágatha escancara política homicida do governo estadual

A morte da menina Ágatha Vitória Félix, de 8 anos, que foi baleada no Complexo do Alemão durante mais uma desastrada operação policial, só vem confirmar o erro da política de segurança do governador Wilson Witzel nas favelas e bairros da periferia mais carente. Sob a ótica já tantas vezes disseminada de “guerra contra o crime”, utilizada também por governos anteriores, as autoridades responsáveis pela segurança deixam na mira dos fuzis dos policiais e dos bandidos centenas de milhares de moradores inocentes, provocando mortes e ferimentos em crianças e adultos que nada tem a ver com a criminalidade.
 
Em nota divulgada pelas redes sociais a OAB-RJ repudia a morte da menina e mostra que ela vem se somar a uma estatística macabra: somente nos oito primeiros meses deste ano – ou seja, do início do mandato Witzel – 1.249 pessoas foram mortas pela polícia, o que dá uma média de cinco pessoas mortas diariamente pela polícia, um número que não pode ser encarado com normalidade. (para ler a nota da OAB RJ acesse o link https://www.oabrj.org.br/noticias/nota-oabrj-sobre-morte-menina-agatha-complexo-alemao).
 
Ao invés de combater o crime com armamento pesado e helicópteros blindados, o governo do Estado deveria investir prioritariamente em políticas públicas voltadas para o bem estar social da população, como escolas funcionando em boas condições, atendimento de saúde digno e obras de infraestrutura nestas comunidades. Tais medidas conjugadas com o respeito à cidadania e ao direito de ir e vir desta população – que é a maioria em nosso estado e no país inteiro – garantiriam índices mais baixos de violência e colocariam por terra as desculpas de mentes delirantes como a do governador de que só a bala pode resolver um problema criado por ele e outros governos que, há décadas, deixam de lado as favelas e periferias da cidade do Rio de Janeiro.
 
O Sepe e os profisssionais de educação das escolas públicas do Rio de Janeiro que, muitas vezes, vêem seus alunos abatidos pelas balas assassinas do sistema de segurança do Estado, lamentam a morte de mais um inocente e veementemente repudiam tal política de extermínio em nossas favelas e periferias.