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Greve na rede municipal de São Pedro da Aldeia: governo começa a negociar com trabalhadores em greve

A greve dos profissionais da rede municipal de educação de São Pedro da Aldeia foi iniciada no dia 20 de agosto,  reivindicando a normatização das 30 horas semanais dos funcionários e sua inclusão no Plano de Carreira Unificado; o descongelamento do enquadramento por tempo de serviço e formação; a correção do pagamento dos Docentes I, retroativo desde 2015; a implementação de 1/3 de planejamento para os professores contratados; o enquadramento dos professores-recreadores como professores de educação física; e o dissídio.
 
O governo Chumbinho vem abandonando a postura hostil que vinha tomando nas audiências de conciliação com o judiciário e nas reuniões com o Sepe, substituindo-a por uma declaração de vontade em atender à nossa pauta. Sem dúvida que foi um grande avanço, mas a categoria necessita de resoluções concretas para a saída da greve, o que foi demonstrado na assembleia do último dia 19/9, 4ª feira, que manteve o movimento por unanimidade, sem que nenhum dos presentes defendesse o fim da greve.
 
Isto porque esta greve foi deflagrada no dia 20 de agosto, exatamente por falta de cumprimento, por parte do governo, do acordo que pôs fim à greve de 2016.
 
O secretário municipal de Educação, Alessandro Teixeira, em reunião no dia 18/9, demonstrou boa vontade ao propor ao Sepe/Núcleo Costa do Sol – proposta prontamente aceita pela direção presente na reunião, juntamente com um dos advogados do Sepe – a elaboração a quatro mãos, do texto a ser aprovado na Câmara de Vereadores, o qual incluirá no PCCR as 30 horas semanais dos funcionários. A boa vontade do secretário se estendeu também à correção salarial dos Docentes I e na sua declaração de comprometimento em acelerar o trâmite pelas secretarias do Poder Executivo e nas Comissões do Poder Legislativo, e continuar negociando com o Sepe o restante da pauta.
 
O sindicato, porém, buscando alguma coisa concreta que pudesse justificar a saída da greve – frente à ameaça do governo em cortar o salário dos funcionários grevistas – oficiou à Câmara dos Vereadores para que o legislativo municipal votasse, em caráter de urgência, a desregulamentação da resolução do prefeito, de julho passado, aumentando a jornada dos funcionários, de 30 para 40 horas semanais. Como não houve, até o início da assembleia, nenhuma comunicação oficial da parte do governo municipal, a plenária optou por continuar a greve, até o próximo dia 25/9, terça feira.