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DENÚNCIA: COMITÊ CIENTÍFICO DA PREFEITURA RJ ADIOU DECISÃO SOBRE ESCOLAS DE SAMBA, MAS RECOMENDA MANUTENÇÃO DO PLANO DE VOLTA ÀS AULAS NA REDE MUNICIPAL

Em reunião realizada nesta quarta-feira (dia 12/1) o Comitê Científico de Enfrentamento à Covi-19, órgão que assessora a prefeitura do Rio de Janeiro sobre a pandemia, decidiu adiar o seu parecer sobre os desfiles das escolas de samba no carnaval, mas recomendaram a manutenção do plano de volta às aulas na rede municipal de Educação. Num momento de aumento acelerado de casos da covid provocados pela nova variante Ômicron, o Sepe vê com preocupação tal anúncio do Comitê Científico da prefeitura.

 

A direção do sindicato já está se movimentando para acionar a Secretaria Municipal de Educação e, também, o governo do estado a respeito da situação das escolas neste momento de recrudescimento da covid e que tipo de protocolos os governos irão adotar para garantir a segurança dos profissionais, alunos e da comunidade escolar em geral. Convém lembrar, que o retorno presencial sem o controle da pandemia no ano passado resultou em infecções e mortes de professores e funcionários nas escolas públicas e privadas do estado do Rio de Janeiro.

 

O anúncio do Comitê foi publicado nesta manhã pelo portal do Jornal O Globo na internet. Segundo a reportagem, o pediatra e sanitarista Daniel Becker, um dos membros do órgão, afirmou que a recomendação dos especialistas sobre o plano de volta às aulas presenciais em fevereiro seja mantida. Segundo Becker, não haveria evidências científicas que fundamentem a necessidade do ensino remoto ou híbrido nas escolas municipais.

 

O comitê também emitiu uma declaração contraditória e que reconhece a gravidade da situação atual, na qual defende a retomada do uso de máscaras em locais abertos, embora o protocolo não deva voltar a ser obrigatório. Becker, de certa maneira, admitiu que o parecer de hoje pode vir a ser modificado nas próximas semanas de acordo com o avanço do numero de casos da Ômicron na cidade. Segundo ele, os dados de vigilância epidemiológica também serão considerados na questão da volta às aulas presenciais, apesar do plano inicial da SME de retorno estar mantido por enquanto.

 

No tocante à vacinação, o médico afirmou que a imunização de crianças, embora bem-vinda, não é uma condição para o retorno presencial à escola. Segundo ele, a comitê pontuou à SME para que a secretaria reforce os protocolos sanitários dentro das unidades escolares. Todos sabemos da deficiência das secretarias municipal e estadual de Educação no tocante à implementação e manutenção de protocolos de segurança sanitária nas escolas em nosso estado, que carecem de infraestrutura básica e de ações concretas para garantir a higienização e o controle sanitário nestas unidades. Por isso, defendemos a urgente imunização de todo o conjunto da população adulta e infantil como forma de evitar o agravamento da pandemia.

 

O Sepe está atento à questão e continuará monitorando e cobrando os órgãos estaduais e municipais para que estes garantam a vida e a saúde de todos os integrantes da comunidade escolar e da população em geral.

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