Recepção: (21) 2195-0450. Agendar atendimento no Depto. Jurídico: (21) 2195-0457 / (21) 2195-0458 (11h às 16h).
Nós, professores e professoras de Filosofia, Geografia, História e Sociologia do Colégio Estadual Antônio da Silva nos posicionamos através dessa carta em repúdio à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), bem como o repúdio ao Programa Nacional do Livro Didático 2021 (PNLD).
Entendemos a escola como um espaço (físico e simbólico) de construção de conhecimentos e relações sociais democrático. Para isso, é indispensável que essa construção respeite a todo o momento fundamentos básico de uma lógica democrática. Sendo assim, é requisito essencial que todos os atores que participam da formação da escola tomem parte ativamente do processo. Não é isso que temos visto na formulação da BNCC. Em um projeto democrático não basta somente uma consulta, não bastam poucas rodadas de discussão.

Acreditar que o parecer de um grupo é o suficiente dentro de um debate tão complexo é uma falácia que busca dar uma aparência democrática a algo que já despontou, ao contrário, antidemocrático. Não aceitamos e mais uma vez repudiamos esse modo de lidar com a educação e com as pessoas.
 
Reforçando o caráter antidemocrático do debate proposto, o contexto da pandemia da Covid-19 trouxe complicações ainda maiores. As medidas sanitárias indicadas pelos mais respeitados especialistas e organizações de saúde pública orientaram para o distanciamento social e contenção de aglomerações. Esse cenário estabeleceu limitações ao debate público com a comunidade. As tecnologias digitais de comunicação tornaram-se elementos importantes da prática político-pedagógica, mas é notória a desigualdade de acesso aos meios como computadores, notebooks, smartphones e internet, corroborando para o esvaziamento do debate.

Em relação ao conteúdo pedagógico e aos livros didáticos, repudiamos e afirmamos a NÃO ESCOLHA da área de Ciências Humanas. Entendemos que o material reforça a fragmentação do conhecimento e das práticas. Essa fragmentação é fortemente contrária ao nosso Projeto Político-Pedagógico que se apoia, entre outros critérios, na construção de um saber integrado. Além disso, o material pedagógico aponta para a diluição e superficialidade dos conteúdos abordados o que, mais uma vez, se opõe ao nosso Projeto ao considerarmos que um sujeito crítico e autônomo é construído e se constrói a partir, também, de discussões profundas, complexas e perspectivas diversas e abrangentes.

Por fim, destacamos que não se pensa e realiza qualquer projeto pedagógico em condições precárias. O ano de 2021 marca o sétimo ano sem reajuste aos profissionais da educação da Rede Estadual. Falamos de planejamentos curriculares a longo prazo, portanto, é inaceitável conviver com tamanho descaso e desrespeito. “Apoios” e “auxílios” não bastam. A educação pública, gratuita e de qualidade passa, inclusive, por reajustes e valorização do plano de carreira dos servidores da educação.

Dessa forma, endossamos a posição de colegas e segmentos críticos à BNCC, ao PNLD 2021 e reiteramos o apoio a um projeto de escola democrático e a valorização da educação
pública de qualidade.

Nova Iguaçu, 09 de junho de 2021
0

A rede estadual de educação do Rio de Janeiro realizará assembleia on-line (Zoom), no próximo sábado, dia 15 de maio, a partir das 10h. Na plenária, os profissionais das escolas estaduais irão discutir a Greve em Defesa da Saúde e pela Vida, deflagrada desde o dia 01/02.

Orientações para cadastramento/inscrição:

PERÍODO DE INSCRIÇÃO: as inscrições já estão abertas e serão encerradas no dia 14 de maio, às 22h.

a) A INSCRIÇÃO será feita por meio do seguinte LINK: https://rj.seperj.info/…/assembleia-virtual-da-rede…/

b) Caso não esteja ainda cadastrado o profissional será encaminhado para preencher o formulário de cadastramento (será solicitado envio de contracheque digitalizado da rede em questão);

c) No prazo de até 24 horas será informada a aprovação (ou não) de seu cadastro;

d) Após a aprovação do cadastro o profissional receberá uma mensagem de e-mail com a confirmação da inscrição e link para ativação de sua senha (confira nas Caixas de Spam ou de Promoções);

e) No dia da assembleia o profissional devidamente cadastrado e com a senha ativada receberá por e-mail links de acesso a plataforma Zoom e para votação de propostas.


0

No dia 8 de fevereiro, a direção do Sepe teve uma audiência com a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro (SME RJ). Foi a terceira audiência do ano. O tema do encontro versou sobre questões funcionais dos profissionais da rede municipal do Rio. Participaram da reunião, além de diretores do sindicato, o subsecretário de Gestão e responsável pelo setor de Recursos Humanos da SME Rio, Antoine Azevedo Lousão e o assessor da SME, professor Wilman Costa. Veja abaixo o que foi discutido na audiência:

A direção do Sepe pontuou que, em menos de 30 dias, a SME RJ promoveu documentos que interferem diretamente no processo educacional da rede municipal do RJ. Para o Sindicato, o melhor caminho é estabelecer, de fato, ações de escuta e de síntese, estabelecendo medidas que estimulem autonomia pedagógica e acolhimentos, que enriqueçam currículos construídos no chão da escola e que façam a comunidade escolar protagonista das políticas educacionais e, não, receptora destas. Assim, foram debatidos os seguintes pontos:

1. Resolução 246/21 e Matriz Curricular: a diretoria do Sepe assinalou que a retirada de tempos de aula das disciplinas de geografia, história, ciências e artes é uma medida descolada de objetivos pedagógicos. Pelo contrário, pedagogicamente suprime direitos de aprendizagem dos estudantes, empobrecendo disciplinas obrigatórias, num momento em que seria fundamental o enriquecimento dessa grade. Além disso, precariza ainda mais o trabalho docente. Após um amplo e acalorado debate, a direção do Sepe reivindicou o retorno da matriz curricular de 2020, que, inclusive, proporciona a oferta de disciplinas eletivas.

O subsecretário afirmou que o RH não quer resolver a carência com a mudança de matriz e que, portanto, esse é um debate pedagógico. A direção do Sepe assinalou que solicitou a presença da SubE. Não houve avanço em nossa reivindicação.

2. Comunicado 01/21: Alocação de Professores: com relação à alocação de professores II em escolas parciais e de professores 40h em turno único de forma arbitrária, o Sepe informou que tal medida desrespeita o direito de origem e significará um grave ataque a uma conquista e ao acordo da greve de 2013.

O subsecretário Antoine afirmou que o objetivo não é retirar o direito de origem, deslocando professores, mas responder a situações que exigem orientação da SME.

3. Comunicado 01/21 e as duplas regências para a parte diversificada, educação infantil, educação especial, turmas de Ensino Fundamental I e II: a direção do Sepe pontuou que as Duplas Regências existem por conta da carência da rede que é muito grande. Começar o ano letivo sem essas dobras significa tirar o direito à educação de nossos estudantes, já que não teriam seu atendimento completo. Informou ainda que a não autorização das duplas regências desestrutura o trabalho de muitas unidades de educação infantil e do fundamental I e II. Um retrocesso. Apresentou como proposta: a revogação dessa medida, autorizando essas duplas.

O subsecretário Antoine esclareceu que as Duplas Regências serão autorizadas para suprir as carências, sejam elas reais, sejam elas temporárias. Informa, ainda, que não haverá distinção nessa autorização e que a mesma ocorrerá ainda essa semana.

4. Comunicado 01/21 e o 1/3 de atividade extraclasse realizada em sua totalidade na unidade escolar: a direção do Sepe reafirmou que essa é uma medida ilegal, na contramão das políticas públicas de valorização docente, da decisão judicial e do Parecer 18 da CEB/MEC. Que a lei trata de algo muito mais amplo do que o planejamento. Ela se dedica a responder às questões de formação, jornada de trabalho domiciliar realizada historicamente pelos docentes e atividades de planejamento. Exigir reuniões pedagógicas presenciais, ainda mais nesse momento da pandemia, é uma concepção retrógrada desconhecendo que os educadores há um ano realizam periodicamente suas reuniões de planejamento e formação online. E com muito sucesso. Proposta: revogação dessa medida sobre a atividade extraclasse.

O subsecretário Antoine afirmou que esse ponto pode ser rediscutido, pois concorda que não é aconselhável reuniões presenciais nessa situação de pandemia, quando elas podem ser realizadas online.

5. Professores e funcionários do grupo de risco afastados com os códigos 152 e 190: a direção do Sepe perguntou claramente se esses trabalhadores terão alguma perda no que se aos seus salários, vida funcional, auxílios transporte e alimentação, difícil acesso e manutenção das duplas, reivindicando que isso não ocorra diante da natureza do afastamento relacionado à pandemia. O sindicato está especialmente preocupado com o grupo que estará afastado pelo código 152, e que não realizará teletrabalho.

O subsecretário Antoine de início afirmou que não haverá perdas, mas logo depois nos solicitou um prazo para averiguar essa situação e nos responder com total certeza.

6. Agentes de Educação Infantil do grupo de risco enquadrados como atividade “não teletrabalhável” (código 152): a diretoria do Sepe afirmou que essa medida é um desrespeito às DNEIs, que definem a indissociabilidade entre cuidar e educar, reconhecendo o papel pedagógico de todos os profissionais que atuam diretamente com bebês e crianças nessa etapa. Também é um desrespeito à luta dos AEIS na rede municipal RJ e à legislação municipal (Lei 6806/2020) que reconhece o caráter docente do cargo, e que precisa ser normatizado pela prefeitura. É necessário alterar essa medida. Os AEIs realizam trabalho pedagógico e quem tem comorbidade deve realizar atividade remota como PEIS, P2s, P1s E PAEIS na educação infantil. Proposta: reconhecer o caráter de teletrabalho do cargo de AEI.

Segundo o subsecretário Antoine, essa orientação foi dada pelo setor responsável pela educação infantil, que caracterizou que o papel dos AEIs só é efetivo no presencial. Que ele não domina esse debate e que está aberto à rediscussão do tema.

A audiência virtual teve a duração de uma hora e os pontos abaixo foram apresentados, mas não discutidos. A SME se comprometeu com audiências semanais e uma mensal diretamente com o secretário. Dessa forma, a diretoria do Sepe pontuou a necessidade de avançar nos debates abaixo, além da pauta pedagógica:

Retorno presencial no quadro atual da pandemia – as unidades escolares estão retornando presencialmente sem as garantias básicas de controle da COVID 19 na cidade e sem as medidas mais básicas de higiene: escolas sujas, algumas sem água, outras com água com geosmina. Muitas unidades totalmente inadequadas aos protocolos sanitários: janelas e ventilação, banheiros, lavatórios, bebedouros, nenhum espaço ao ar livre. Esses profissionais estão sendo expostos aos riscos de contaminação devido ao não atendimento de condições básicas. Proposta: fechamento imediato das UEs sem limpeza, sem água e/ou com água contaminada! Reabertura somente após a vacinação de professores e funcionários!

Demais demandas funcionais dos professores e funcionários: Estabelecer calendário de debate sobre todos os cargos da educação de funcionários de escola e docentes. Executar o resultado o GT de migração. Efetivar cursos, pagamentos de gratificações, correções de pisos salariais e de cargos devidos a secretários escolares, PAEIs, AEIs e outros cargos da educação. Regularizar imediatamente os pagamentos dos trabalhadores da educação terceirizados, muitos dos quais com cerca de cinco meses sem pagamento. Convocar uma ampla discussão democrática (envolvendo Sepe, Conselhos, Fórum Municipal de Educação e Câmara dos Vereadores) de elaboração do Plano de Carreira Unificado da educação conforme define o Plano Municipal de Educação. Apresentar agenda de convocação dos concursados muitos dos quais sem a obrigatória convocação de edital. Estabelecer agenda de discussão sobre as defasagens nos salários dos aposentados e valores devidos como abonos permanência. 

0

O Sepe RJ disponibiliza para os profissionais de educação da rede estadual um modelo de ata de Reunião de Consulta sobre o Novo Ensino Médio que vem sendo implementado pela SEEDUC RJ. No modelo ora disponibilizado, a categoria pode encontrar todos os questionamentos feitos pelos profissionais das escolas nas plenárias realizadas pelo sindicato e nas reuniões nas escolas sobre a forma de implementação da Reforma do Ensino Médio pela SEEDUC RJ.

 

O Sepe lembra à categoria que esta é a última semana do processo de implementação, acentuando a importância das manifestações e denúncias da categoria contra o projeto do novo ensino médio que a SEEDUC quer levar a cabo para as escolas da rede estadual.

 

Para acessar o modelo da ata de reunião de consulta sobre o Novo Ensino Médio, clique nas imagens abaixo:


 

Clique nos links abaixo para acessar os canais de denúncia do Ministério Público Estadual para denunciar onde não está ocorrendo o debate de forma ampla e democrática sobre a reforma do ensino médio, quem vem sendo tocada pela SEEDUC RJ

 

Formulário para denúncia on line ao MP/RJ: 

http://www.mprj.mp.br/comunicacao/ouvidoria/formulario…

 

Email do MP da Educação: [email protected]

 

Site do MP da Educação: http://www.mprj.mp.br/…/conhe…/areas-de-atuacao/educacao

 

Facebook MP: https://www.facebook.com/MPRJ.Oficial

 

 

0

O Sepe RJ publica abaixo uma carta manifesto dos professores do Ciep 032 Cora Coralina, enviada para a Coordenadoria Metropolitana V da SEEDUC, expressando seu repúdio à Reforma do Ensino Médio que a SEEDUC quer implementar na rede estadual de educação.

À Metropolitana V

CARTA-MANIFESTO

Nós, professores das áreas de Arte, Biologia, Educação Física, Filosofia, Física, Geografia, História, Língua Estrangeira, Língua Portuguesa, Matemática, Química e Sociologia do CIEP 032 – Cora Coralina, da Metropolitana V, vêm por meio desse documento manifestar nosso repúdio à reforma do Ensino Médio que a SEEDUC/RJ está implementando na rede estadual.

Em plena Pandemia a mesma está impondo ações relativas a essa Reforma com prazos determinados, como o formulário/questionário que foram enviados para as escolas solicitarem aos professores o preenchimento em um curto período de tempo, sem tempo para a categoria debater com a comunidade escolar e chegar num consenso. Alguns docentes chegaram a iniciar o preenchimento do questionário/formulário, mas após um intenso debate entre equipes de diferentes áreas, definimos que NÃO DEVEMOS concluir pelas seguintes razões:

 

  • O prazo determinado pela SEEDUC/RJ para entrega do formulário/questionário é extremamente curto. Não há tempo hábil de debater com a categoria e compreender o motivo real dessa pressão;

 

  • Pelo adiamento da consulta da SEEDUC. Por uma conferência estadual de educação, com debate democrático com a categoria;

 

  • Somos contra à precarização da educação que essa Reforma do Ensino Médio irá trazer para escola pública;

 

  • Somos contra as parcerias público-privadas, que essa reforma possibilita, dinheiro público deve ser investido nas escolas públicas;

 

  • Somos contra o agrupamento de disciplinas em ciências humanas e sociais aplicadas. Somos a favor da permanência curricular por área de conhecimento em que todas as disciplinas devem ser obrigatórias, sem que nenhuma disciplina tenha menos de 2 tempos! (Cada matrícula uma escola);

 

  • Consideramos o documento engessado e extremamente conteudista, sem espaço para qualquer ação docente. Além disso, não é considerada a realidade nem o contexto social específico da comunidade escolar;
  • Somos a favor do direito à educação para todos e não o direito a aprendizagem como está no texto dessa reforma;

 

  • Defender a autonomia pedagógica – Que as escolas tenham autonomia para estruturar o Ensino Médio;

 

  • Contra o notório saber.

Sem mais,

Professores do CIEP 032 Cora Coralina.

Duque de Caxias/RJ, 27 de maio de 2021.



0

As orientações de Planejamento Pedagógico para Professores, divulgadas pela SEEDUC/RJ aos educadores nesse início de ano letivo de 2021, materializam uma concepção de ensino remoto que há muito vem sendo debatida nos espaços de construção de conhecimento sobre processos educacionais, tanto no ensino básico, quanto no superior. O ensino remoto, como ferramenta educacional, pode e deve ser utilizado em situações nas quais a interação presencial não se faz possível. No entanto, tal ferramenta deve estar em consonância com o processo de ensino-aprendizagem e não substituí-lo.

Esse processo consiste numa integração dialética, que tem por fim a formação multilateral dos sujeitos que dele participam. Deve ser também compreendido como um ato político, incrustado e relativo às relações de classe, raça, gênero e poder na produção e legitimação do significado e da experiência da vida cotidiana. Para que tal processo ocorra de forma satisfatória não é possível ignorar a relação entre conhecimento e poder, e por isso, todos os envolvidos no processo (professores, funcionários, equipe pedagógica e alunos) devem ter um papel de sujeitos do processo e da interação, através da tão falada, e nada respeitada, autonomia pedagógica.

Assim, consideramos urgente e necessária uma crítica ao Planejamento Pedagógico feito pela SEEDUC-RJ, como solução para os desafios de mais um ano letivo atravessado pelo contexto pandêmico. O ano de 2020 foi, apesar dos esforços da categoria, marcado pela exclusão educacional, pela evasão escolar e pelo esvaziamento de sentido pedagógico. Porém, temos, como humanos, uma capacidade de adaptação e solução de problemas extraordinária, e nós, como educadores, temos a tarefa e a capacidade de construir um projeto de alternativa pedagógica que dê conta das necessidades educacionais para que possamos atravessar esse período.

Em termos práticos, a proposta da SEEDUC consiste em disponibilizar para os alunos, através de uma plataforma própria, a Applique-se, conteúdos educacionais, tendo como base o currículo mínimo, na forma de podcasts e vídeoaulas, previamente preparados, segundo a Secretaria, por professores da rede. Da mesma forma, para aqueles alunos sem acesso às tecnologias necessárias, serão disponibilizadas apostilas, também com conteúdos pré-selecionados e estudos dirigidos. De acordo com o programa, caberá então ao professor "o papel de estimular o uso do aplicativo, auxiliando os alunos numa rotina de estudos, de maneira a aproveitar todos os recursos da plataforma". Além disso, continuam com o Google Classroom, como opção de plataforma, na qual os professores poderão postar conteúdos e avaliações complementares, assim como esclarecer dúvidas.

Conforme já exposto, tal proposta não configura um processo de ensino-aprendizagem por não respeitar a autonomia pedagógica do corpo docente das escolas. Ao apresentar conteúdos pré-fabricados, a Secretaria não compreende que o produto do processo de interação é justamente o conhecimento. Fazem o caminho inverso, deixando o professor como mero tutor dos alunos que, por sua vez, têm pouca ou nenhuma participação como sujeitos do processo, o que notoriamente é gatilho para a evasão escolar, um dos maiores problemas enfrentados no Ensino Médio.

Durante o mês de abril, serão realizadas Avaliações Diagnósticas, porém o planejamento enviado pela SEEDUC-RJ não apresenta nitidamente como serão essas avaliações. Tivemos um ano de 2020 atípico e desastroso, com o aprofundamento das desigualdades educacionais, e mais de 70% dos alunos não acessando com regularidade os conteúdos disponibilizados. Além disso, a falta de recursos tecnológicos, que deveriam ser disponibilizados pela Secretaria de Educação, tanto aos alunos, quanto aos educadores, fez com que essa desigualdade de acesso se estendesse aos professores também, que acabaram por oferecer aos seus alunos diferentes níveis de conteúdos em função de suas parcas condições de acesso digital. Os milhões pagos a emissoras de TV e outras soluções não pensadas em conjunto com a categoria, através do SEPE, enquanto seu sindicato próprio, teriam sido suficientes para fornecer esses recursos tecnológicos tão necessários para a construção de uma alternativa minimamente satisfatória ao ensino presencial.

Ressaltamos, assim, que a defesa da autonomia pedagógica das unidades escolares não pode eximir o governo estadual de garantir a melhoria premente das condições de funcionamento das escolas, as quais abarcam tanto a estrutura de funcionamento das unidades, quanto a ampliação do acesso tecnológico virtual, seja por aparelhos, plataformas públicas e internet gratuita de qualidade disponibilizada à comunidade escolar. A autonomia não pode ser compreendida como desresponsabilização de nenhum dos atores do processo, menos ainda do governo, que é o responsável direto pela garantia das condições de trabalho e ensino.

Em 2021 os educadores da rede estadual não poderão mais ser alijados do processo de formulação pedagógica. Reivindicamos, portanto, a autonomia que nos vem sendo expropriada há anos e que nesse cenário pandêmico é o fundamento da formulação de estratégias pedagógicas emergenciais para o contexto da pandemia, tendo o governo estadual e a SEEDUC-RJ a obrigação de garantir as condições tecnológicas e de acesso digital inerentes ao desenvolvimento dessa proposta pedagógica alternativa emergencial exclusiva para o contexto da pandemia.

SEPE RJ

0

O Departamento Jurídico do Sepe enviou nesta terça-feira (dia 09/3) uma notificação extrajudicial para a empresa IPTV, que presta serviços para a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, especialmente no que tange aos serviços de ensino remoto pelo aplicativo RioEduca em Casa. O Sepe pediu esclarecimentos à IPTV a respeito dos procedimentos relativos ao tratamento dos dados pessoais dos profissionais de educação, de forma que seja possível apurar uma eventual irregularidade ou deficiência do sistema utilizado e, assim, defender de forma antecipada os interesses da categoria.

O Sindicato tem recebido denúncias dos profissionais usuários do sistema a respeito de invasões em suas contas na plataforma oficial de ensino remoto da rede municipal de Ensino. A notificação enviada hoje para a empresa contratada pela prefeitura para gerenciar o aplicativo tem o objetivo de saber quais são os procedimentos de segurança utilizados pela empresa e se existem falhas no programa que possibilitem o acesso indevido aos dados dos profissionais que utilizam seus conteúdos.

A empresa acusou o recebimento da notificação do Sepe, em comunicado enviado no início da tarde de hoje e se comprometeu em apresentar uma resposta no mais breve prazo possível (veja na imagem o comunicado enviado ao Sepe pela IPTV). O Sindicato já questionou a SME RJ sobre os motivos do governo municipal ter contratado uma empresa privada para a prestação deste tipo de serviço e defende a utilização de plataformas públicas e oferta de melhores meios de conectividade para todos os professores e estudantes da rede municipal do Rio de Janeiro.

Orientamos a categoria a denunciar qualquer tipo de invasão das suas contas ou problemas de segurança com relação aos seus acessos ao IPTV. 

Veja o infográfico preparado pelo DJ do Sepe com orientações sobre como proceder em caso de invasão na conta do seu aplicativo de ensino remoto.

0

A coordenação geral do SEPE RJ, nos termos do estatuto da entidade, convoca os profissionais de educação filiados à entidade para uma assembleia geral ordinária para debater o calendário interno do sindicato (congresso, eleição e conferência).

A assembleia será realizada, de maneira virtual (plataforma Zoom), às 14h do dia 17/04.

O edital para a realização da assembleia já foi publicado em jornal de circulação regional – clique aqui para ler – anúncio localizado no canto inferior direito da página 11 do jornal Expresso. 

É importante que os núcleos e regionais façam o debate sobre a pauta e enviem até o dia 13/4 suas propostas.

O link de inscrição para participar da assembleia: https://filiados.seperj.info/

Ou clique aqui para acessar o link de inscrição

Orientações para cadastramento/inscrição:

1ª Etapa: em um primeiro momento, o profissional terá que preencher o cadastro com o:

– CPF
– E-MAIL
– TELEFONE CELULAR

Se o profissional já tiver participado de assembleias anteriores, basta fornecer CPF e e-mail. Clique no botão "verificar", informe se pretende falar e envie sua inscrição.

2ª etapa: caso ainda não esteja cadastrado, o profissional, assim que preencher a 1ª etapa, será encaminhado para preencher o formulário de cadastramento, onde o profissional informará:

– Nome completo
– CPF
– Matrícula
– E-mail
– Celular para contato
– Se é aposentado ou não
– Se faz parte da direção do Sepe ou não
– Local de trabalho, cidade/bairro
– Se pretende falar na assembleia (e assim fazer parte do sorteio da quantidade de falas)
– Por fim, vai anexar o comprovante de filiação. Se for contracheque com desconto é melhor porque já informa que é filiado e está quite. O filiado ao Sepe que não tem desconto em folha deverá enviar o recibo da contribuição sindical paga.

Na foto ao lado, os campos a serem preenchidos pelos profissionais, conforme citamos acima.

3ª etapa: após a aprovação do cadastro o profissional receberá uma mensagem de e-mail com a confirmação da inscrição e link para ativação de sua senha (confira nas Caixas de Spam ou de Promoções);

4ª etapa: no dia da assembleia o profissional, devidamente cadastrado e com a senha ativada, receberá por e-mail links de acesso a plataforma Zoom e para votação de propostas.


Postado em: 26/03/2021 Para: Todas 

0