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O Sepe RJ vem a público demonstrar seu repúdio e indignação contra a confirmação, por parte do governo federal, da realização da edição da Copa América 2021 em território nacional. A confirmação feita pelo presidente Jair Bolsonaro ontem (dia 02 de junho) da competição em território nacional, após a desistência da Argentina e da Colômbia, países que não aceitaram a realização da Copa América por causa da pandemia que avança nestes países, é mais uma clara demonstração da falta de consideração e de cuidado das autoridades públicas brasileiras para com a erradicação da disseminação da covid-19 no Brasil.

 

Realizar uma competição esportiva, que envolverá a participação de centenas de atletas e dirigentes oriundos de regiões onde a pandemia se mantém descontrolada e, em alguns casos, onde já foram registrados casos de novas cepas do vírus – como a cepa indiana que já vitimou centenas de milhares de pessoas em todo o mundo – é um contrassenso que vai de encontro aos alertas de epidemiologistas e autoridades sanitárias. Ao tomar a decisão de trazer a Copa América para o Brasil, Bolsonaro mantém sua posição de negacionismo e de falta total de empatia para com a população, abrindo as portas do país para a entrada de uma nova onda do coronavírus que pode ter consequências imprevisíveis como alertam os especialistas.

 

O Sepe também estranha que os governos de estados e municípios que já foram escolhidos para sediarem os jogos da Copa América, como é o caso do estado e da cidade do Rio de Janeiro não tenham se manifestado de forma contrária a este projeto que tem um claro objetivo político da parte de Bolsonaro. Com a realização da Copa, Bolsonaro quer passar uma sensação de normalidade no país, em meio ao desastre da sua administração no combate a uma epidemia que já matou mais de 460 mil brasileiros. E o governador Cláudio Castro e o prefeito Eduardo Paes se unem ao negacionismo e à irresponsabilidade do presidente, que não acredita em vacina nem em medidas de isolamento social sabidamente eficazes e comprovadas em vários países do mundo.

 

Não é este certamente o momento de se realizar competições internacionais ou nacionais no país. Com uma média diária de 1.800 mortes e dezenas de milhares de novos casos e a chegada do inverno, as condições para o aumento das doenças respiratórias graves, entre elas a covid-19, aumentam de forma exponencial. Com a detecção de casos de novas cepas, como a britânica e a indiana em países sul-americanos e a falta de medidas realmente eficazes de controle sanitário, o aumento da circulação de pessoas nas ruas e nos estádios durante a Copa América só pode beneficiar a disseminação da doença no conjunto da população brasileira.

 

Os profissionais de educação se juntam aos especialistas em infectologia e demais representantes da ciência para dizer o seu não à Copa América e ao negacionismo que tem provocado tantas mortes e tanta infelicidade em nosso país desde o início da pandemia.

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O Sepe vê com espanto e repúdio a notícia de que o prefeito Eduardo Paes quer reabrir as escolas municipais já na próxima segunda-feira (dia 5/4). Num momento em que os índices de casos e óbitos superam os dos piores momentos da pandemia no ano passado e o Brasil e o Rio de Janeiro se encontram com o sistema de saúde colapsados, com pessoas morrendo por falta de vagas nas UTIs, o prefeito Eduardo Paes pretende anunciar no próximo domingo a volta das aulas presenciais neste dia

O anúncio da medida foi noticiado pelo colunista Lauro Jardim, no Portal do Jornal O Globo na tarde desta quinta-feira (dia 01 de abril).

Mais uma vez, a prefeitura e a Secretaria Municipal de Educação (SME) demonstram uma total falta de sensibilidade e de respeito para com a vida dos profissionais de educação e alunos das escolas da rede municipal. O Sepe já enviou diversos ofícios para o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, denunciando as dezenas de casos da doença em profissionais que voltaram para o trabalho presencial nas escolas. Nestes documentos também mostramos a falta de condições das unidades da rede no tocante à segurança sanitária e à falta de infraestrutura para proteger profissionais e alunos.

No dia 31 de março, o Brasil registrou 3.950 mortes pelo coronavírus em 24 horas, um recorde desde o início da pandemia, em fevereiro de 2020. Os especialistas em epidemiologia são quase unânimes em afirmar que a disseminação do vírus no Brasil se encontra fora de controle e as únicas armas para conter uma catástrofe sanitária mais grave são a implementação de medidas rígidas de isolamento social, incluindo o lockdown, e a vacinação em massa da população.

Diante destes dados, é incompreensível a atitude do prefeito do Rio de Janeiro e do secretário municipal de educação, que insistem na ideia de abrir as escolas e colocar em risco a vida dos integrantes da comunidade escolar e, mesmo, da população em geral. Ao mandar reabrir as escolas sem o devido controle da epidemia, Eduardo Paes e Ferreirinha agem de forma irresponsável e assumem para si o discurso negacionista do presidente Jair Bolsonaro e de outras autoridades que ignoram os riscos da covid-19 desde o início da pandemia. Ao compactuar com o governo federal o prefeito e seu secretário de Eduação se tornam cúmplices de um crime de responsabilidade, já que pandemia matou mais de 320 mil brasileiros até o presente momento e, segundo os cientistas, ainda pode matar muito mais.

Os profissionais da rede municipal estão em greve pela defesa da vida e da saúde, ratificada na última assembleia virtual, realizada no dia 30 de março. Não aceitaremos colocar nossas vidas em risco por causa da irresponsabilidade de governos, que deveriam trabalhar para a preservação das vidas dos cidadãos ao invés de expô-los ao risco de contágio. Deste modo, dizemos não à volta do trabalho presencial e exigimos vacinação já para toda a população.

DIREÇÃO DO SEPE RJ

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Nos dias 29 de janeiro e 01 de fevereiro a diretoria do Sepe se reuniu em audiências on-line com o secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro, Renan Ferreirinha, e suas assessoras(es). A seguir, relatamos as reuniões:

AUDIÊNCIA DE 29/01:

Apresentação da direção do Sepe (Dione Lins, Izabel Costa, Marcelo Sant’Anna, Gustavo Miranda e Maria da Penha Oliveira) e representante da SME (Secretário Renan Ferreirinha e assessoria Willman Costa, Antoine, Teca Pontual).

O Sepe sinalizou a urgência de reuniões mais periódicas, pois tivemos um encontro no início de janeiro e somente outro em 29/01, o que tornou a pauta extensa.

Saudamos a fala deste novo governo de reconhecer que a educação não foi prioridade na pandemia, mas o Sepe precisa ser ouvido e inserido no momento em que o secretário apresenta o Plano de Retorno da SME RJ; isso porque a pandemia não acabou e principalmente pela fala do prefeito de que as escolas serão as primeiras a abrir e últimas a fechar num momento de recrudescimento do crescimento de casos de contaminação é muito preocupante e necessária à escuta de todos os setores.

O secretário reconheceu a necessidade de encontros com o sindicato mais periódicos e irá fechar uma agenda; ele pontuou que, por exemplo, os encontros com os CECs e outros não substituem o encontro institucional.

PONTOS DA PAUTA:

13º salário, calendário de pagamento e reuniões para demandas especificas (migração, concursados, secretário escolar, distorções salariais, plano de carreira): o Sepe apresentou a urgência na solução concreta do problema dos pagamentos atrasados dos terceirizados e intérprete de libras e 13º.

O secretário apresentou que o acumulado de restos a pagar é de R$ 250 milhões e as despesas de exercícios anteriores de cerca de R$ 30 milhões – ele se comprometeu que esses “restos a pagar” são prioritários.

O Sepe sinalizou que teremos uma demanda grande de profissionais a serem convocados, uma vez que será necessário o aumento de turmas devido à pandemia (redução de alunos em sala) e que existe o grupo de concursados aguardando dentro do número de vagas ofertadas nos editais; que tem grupos que inclusive já realizaram a Escola Paulo Freire. Para o trabalho de acompanhamento do cumprimento das medidas sanitárias necessárias na escola é necessário que os agentes educadores II sejam convocados (com a lei 5288 de 2011 que criou três mil cargos e só tem 1.801 até o momento). Esses grupos solicitam uma reunião específica, pois querem mostrar suas tabelas de acompanhamento do número de vagas que justifica as chamadas.

Dentro da mesma lógica, o Sepe solicitou a efetivação do processo de migração já iniciado, informando que há um banco de espera com cerca 7.500 (docentes) e 2.500 (gestores). Sepe ainda apresenta a necessidade de se recuperar e validar o que foi elaborado, discutido e aprovado no último GT sobre a migração.

O SEPE cobrou a necessidade de discussão do plano de carreira unificado da educação, uma das metas do PME, que poderá fazer justiça dando isonomia a todos os cargos e corrigindo as suas defasagens. Temos uma categoria que se esforça para concluir suas especializações, mestrados e doutorados e é investimento e valorização que retorna para nossos alunos. Foi sugerido um GT com Sepe, FME e SME.

A redução da carga horária para 30h dos funcionários que a Alerj já aprovou precisa ser aprovada também na Câmara de vereadores. Também solicitamos que as diretoras de escola tenham suas demandas reconhecidas de ampliar carga e salário e reconhecer a gratificação pelo cargo.

É necessário também audiência para rever as perdas de aposentados professores e funcionários. E a mediação de audiência com a perícia sobre as inúmeras aposentadorias por invalidez após 2 anos de profissionais cujos médicos atestam condições de retorno.

Segundo o secretário, concursados e migração são importantes e se compromete que é prioridade; entretanto, esbarra em obstáculos jurídicos e aguarda resposta da Secretaria de Fazenda.

Ele também informou que já foi realizada uma reunião com os concursados de 2015 e 2016 e ocorrerá nova reunião com esse grupo na próxima semana, assim como com servidores do banco de Migração. O Sepe reivindicou participar dessas reuniões. O secretário fez questão de dizer que não está minimizando o problema e quer entender a capacidade de dessas demandas.

Sobre o GT do Plano de carreira, irá avaliar.

VACINAÇÃO E COMORBIDADES:

A Direção do SEPE apresentou o posicionamento de que abertura das escolas só pode ser feita de forma segura com a vacinação do conjunto da sociedade e que se a administração municipal entende a Educação como serviço essencial que pelo menos todos os profissionais de educação sejam logo vacinados.

Com relação ao grupo de risco para a Covid-19 e às comorbidades, não constam na resolução da SMS as(os) profissionais grávidas, lactantes, portadores de diabetes e hipertensão, já que tais casos são reconhecidos pela OMS, Ministério de Saúde e Conselho Nacional de Saúde. Reivindicamos, também, que seja considerado grupo de risco os servidores que convivem com parentes que apresentem comorbidades e ou grupo de risco para Covid e que tais constatações sejam feitas por autodeclaração, como foi na Rede Estadual. O secretário Ferreirinha esclarece que tem total acordo com a reivindicação e, com relação, às comorbidades passará para o Comitê Científico.

Quanto à vacina, está lutando pra que a educação esteja na sequência da vacinação logo após os idosos.

REESTRUTURAÇÃO DAS UNIDADES ESCOLARES E PLANO DE CONTINGÊNCIA

O Sepe pediu esclarecimentos a respeito da fala do secretário sobre a listagem das escolas que precisam de adequações para o retorno e como a SME chegou ao quantitativo de escolas em estado crítico.

O secretário esclareceu o seguinte: das escolas da rede, 44 estão em estado crítico; 476 necessitam de reparos pontuais e que as outras 1023 também passarão por adaptações.

Apresentamos os problemas relacionados ao deslocamento com ônibus cheios e regiões com número de ônibus insuficiente, gerando aglomeração também fora do momento de pico do transporte.

O Sepe questionou a abertura das unidades com cerca de 75% a 50% do quantitativo de alunos, dependendo da bandeira. Apresentamos o exemplo concreto de uma escola com 300 alunos matriculados, que teria em média 225 a 150 alunos, o que causaria aglomerações na entrada, durante e no fim dos turnos.

Foi também cobrado se há disponibilidade orçamentária e qual será a fonte de recursos utilizada para arcar com a reestruturação física das escolas, no que tange a obras como instalação ou a troca de torneiras, arejamento das salas, reparos em banheiros dentre outras necessidades, assim como a aquisição de EPIs e EPCs.

O secretário disse, textualmente, que tem até 30 dias para resolver essas questões e que as escolas só poderão abrir se estiverem adequadas, senão não abrirão.

A reunião teve que ser interrompida porque o secretário precisou se retirar; nova reunião foi marcada para o dia 01/02, que recomeçaria nos “Pontos Pedagógicos”.

AUDIÊNCIA PEDAGÓGICA COM A SME DE 01/02:

Presentes: Diretoria do SEPE, subsecretária de ensino Teca Pontual e assessores da SME Wilman Costa, Antoine e Bia Aquino.

A audiência se iniciou com o questionamento da subsecretária de ensino Teca Pontual sobre a aprovação da Greve pela Vida em meio ao processo de negociação com a SME. E que após conversas na Secretaria, eles optaram pela manutenção da audiência com o SEPE como um sinal de diálogo.

A diretoria do SEPE RJ explicou o caráter da votação da greve pela vida, que o diálogo permanece aberto porque o objetivo é garantir um retorno educacional em condições de segurança. Mas, assim como em 2020, sem as condições adequadas – com os altíssimos níveis de casos e mortes causados pela pandemia, sem a vacinação para professores e funcionários e sem a melhor estruturação das escolas – o retorno presencial se tornará impossível, nos levando a uma greve. Nossa greve é pela vida contra o retorno presencial. Por isso, a categoria retornará dias 3 e 8/2 para as atividades remotas de planejamento e com os estudantes, respectivamente.

Seguiu-se a audiência, abordando os seguintes temas pedagógicos:

ATIVIDADES REMOTAS E SIMULTÂNEAS PREVISTAS NO PLANO DE RETORNO DAS AULAS DE 2021:

SEPE RJ: o sindicato apresentou questões sobre o modelo das atividades remotas e simultâneas com os estudantes, propondo: a necessidade de garantir a autonomia pedagógica, incluindo na lista de materiais a serem trabalhados os instrumentos elaborados pelos docentes e pela escola.

SME RJ: a secretaria confirmou a possibilidade de uso dos materiais próprios, pois o/a professor/a escolhe prepara e articula com outros recursos disponíveis.

SEPE RJ: sobre a carga horária docente (produção das atividades remotas e em tempo real), o sindicato apresentou a preocupação com a possibilidade de ultrapassagem das horas de jornada de trabalho definidas para a interação com estudantes. Também questionou a implementação do 1/3 de atividade extraclasse nesse retorno letivo para todos os cargos docente, visto que em 2020 somente P1 e PEF anos finais tiveram o direito efetivado.

SME RJ: a secretaria assinalou que as atividades simultâneas são complementares para os alunos e obrigatórias para o professor. Que o trabalho será realizado dentro da carga horária prevista para as interações com os estudantes em todos os cargos docentes (2/3).

RECURSOS TECNOLÓGICOS PARA AS ATIVIDADES REMOTAS:

SEPE RJ: o sindicato cobrou respostas sobre os recursos tecnológicos necessários para o desenvolvimento das atividades remotas pelos estudantes, diminuindo a situação de exclusão digital, fundamental nesse momento de alta da pandemia.

SME RJ: a Secretaria assinalou a grave situação da crise fiscal da prefeitura e que não há condições de se garantir em um curto prazo os recursos necessários para a compra desses aparelhos. Confirmou que haverá ilhas de conexão pela cidade, uso das bibliotecas municipais e até das escolas como pontos de conexão, seguindo os protocolos sanitários.

Além disso, apresentou que em uma 1ª fase a SME RJ patrocinará dados para celulares através do aplicativo RIOEDUCA EM CASA. Esse patrocínio não possibilitará o uso através de plataformas como Teams ou Meet. O Google classroom também pode ser usado. O aplicativo permite uma interação por vídeo com até quatro estudantes.

UNIDADES DE APRENDIZAGEM (UAs), CURRÍCULO CARIOCA E DELIBERAÇÃO 42 DO CME RJ:

SEPE RJ: o sindicato apresentou a questão das UAs, aprovadas pelo CME na Deliberação nº42, que não foram citadas no Plano de Retorno. A Deliberação 42 recebeu muitas críticas do SEPE nas audiências e no Conselho de Educação diante dos problemas do Currículo Carioca (também aprovado pelo CME RJ) e da sua inadequação à realidade da pandemia. A entidade também assinalou a necessidade de rediscussão do Currículo Carioca. Na rodada de discussões do final de 2020 nas CRES, os docentes formularam muitas críticas por escrito, que foram enviadas ao nível central.

SME RJ: segundo a secretaria, nesse primeiro momento, a Unidade de Aprendizagem 1 está sendo seguida pela subE. Mas observaram questões no processo curricular, inclusive na sua correlação com a pandemia vivida. As assessoras Michelle Valadão e Andrea Barros serão as responsáveis pela organização da rediscussão curricular na rede.

SEPE RJ: o sindicato enfatizou a importância da avaliação diagnóstica e qualitativa, todavia esse processo deve ser realizado respeitando-se a autonomia pedagógica das unidades escolares, que conhecem a realidade de cada estudante.

SME RJ: a secretaria afirmou que reconhece a autonomia pedagógica, mas compreende a necessidade de um instrumento diagnóstico unificado para que os próximos passos sejam feitos a partir dos dados verificados.

SEPE RJ: diante do período curto para a audiência de 01/02 (apenas 1 hora), a diretoria do SEPE RJ apresentou a necessidade de uma reunião específica para discutir as condições pedagógicas num futuro retorno presencial.

O sindicato destacou a situação da educação infantil (e a importância de um encontro com a presença do NEEI) e da educação especial, como as dificuldades no tocante à adaptação de bebês e crianças com os responsáveis e a observância dos protocolos e aglomerações; a questão das máscaras e da higienização, da falta de espaço para a realização das atividades ao ar livre, etc. No caso da Educação Especial, a necessidade de protocolos específicos e o problema de um retorno presencial sem a garantia de estagiários e de profissionais em quantitativo necessário, destacando-se o grande número de AAEEs afastados por comorbidades. Questionou-se também o percentual de estudantes estabelecido pela faixas do protocolo sanitário do RJ, que por si só é fator de aglomeração.

SME RJ: a Secretaria destacou a importância dessa escuta e desse debate, indicando a marcação de uma reunião específica para a próxima semana.

CARÊNCIA DE PROFISSIONAIS – MIGRAÇÃO, CONCURSADOS e DRs:

SEPE RJ: nos momentos finais da reunião, o sindicato voltou a questionar a carência de profissionais da educação na rede e a necessidade de respostas à migração e aos concursados. Assinalou a preocupação com o início do ano letivo de 2021 sem a previsão, até o momento, das duplas regências, colocando em risco a carga horária completa dos estudantes inclusive em suas atividades remotas.

SME RJ: a Secretaria encaminhou a marcação de uma audiência sobre o tema com o assessor Antoine, responsável pela questão de Pessoal e Recursos Humanos; a Subsecretaria de Ensino esclareceu que serão publicadas resoluções sobre Dupla Regência e que pretendem iniciar o ano letivo de 2021 com as carências cobertas.

O SEPE RJ também cobrou a urgência de uma discussão específica sobre o papel dos funcionários da educação no campo pedagógico. Destacou-se a ausência de dados sobre os funcionários concursados e terceirizados no Plano de retorno, assim como o quantitativo atual e a carência para futuros concursos.

A diretoria enfatizou a necessidade de investimento na formação dos funcionários de escola, com o devido reconhecimento no plano de carreira, integrando-os ao debates pedagógicos das unidades escolares.

SME RJ: a secretaria afirmou que entende que os funcionários possuem um papel muito importante na escola e que esse é um debate relevante a ser realizado. 

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Veja abaixo, informe do Sepe Nova Friburgo sobre a decisão da assembleia da rede municipal, realizada no dia 31 de maio, de aprovar a greve pela vida nas escolas da rede do município.

 

SEPE FRIBURGO – 01/06/2021

 

Em assembleia unificada realizada hoje, 31/05, profissionais de educação da rede municipal de ensino aprovaram a GREVE PELA VIDA, modalidade em que se suspende o trabalho presencial nas unidades escolares, mas assegurando a manutenção das atividades pedagógicas remotas a partir do dia 07/06, segunda-feira, prazo necessário para efetivação do movimento.

 

Essa decisão foi tomada em função do entendimento de que o sindicato e a categoria já esgotaram todas as outras formas de diálogo e reivindicações junto ao governo municipal, o qual desde o início do mandato, em janeiro deste ano, tem buscado flexibilizar o Plano Seguro de Retomada que foi elaborado em 2020 junto a diversas entidades representativas e setores do próprio poder Executivo – como as Secretarias de Saúde e Educação, dentre outras.

 

Nesse cenário, valendo-se de manobras administrativas e decretos impositivos, sempre contrariando as demandas da categoria e os pareceres dos órgãos deliberativos, o prefeito Johnny Maycon autorizou o retorno das aulas presenciais no pior momento da pandemia, sem assegurar a necessária estrutura às unidades da rede e sem cumprir com diversas exigências dos seus próprios critérios, como ambientes ventilados, treinamento para execução dos protocolos, fornecimento de materiais e insumos adequados etc. No mais, como se sabe, faltam leitos/covid, falta testagem, faltam médicos, falta vacina e, nos momentos mais dramáticos, faltaram até mesmo covas para alguns dos mais de 620 mortos pela pandemia em Nova Friburgo, sendo quase 400 destes somente em 2021, já sob a nova gestão.

 

Importante ainda destacar que desde o início de seu mandato o prefeito Johnny Maycon tem imposto trabalho presencial também àqueles e àquelas que detêm comorbidades, recuando desse absurdo somente quando o SEPE obteve liminar junto à Justiça do Trabalho para impedir que tais pessoas continuassem expostas a risco de vida imediato. Ainda assim, recentemente, em mais uma de suas artimanhas, o prefeito busca usar uma lista de comorbidades mais restrita do que a usada para fins de vacinação, em clara deslealdade processual que visa jogar mais pessoas ao retorno inseguro sem sequer garantir o pagamento correto das passagens a que tais pessoas têm direito. Ainda ligado a esse problema, muitas servidoras foram erroneamente encaminhadas ao INSS sem que tivessem direito à licença, de forma que algumas destas chegaram a ficar sem pagamento. Resumindo: o prefeito e a secretária de Educação, Rita Silva, consideram “seguro” o retorno presencial de pessoas com comorbidades sem sequer lhes pagar em tempo as devidas passagens, enquanto outras pessoas ficam sem seus vencimentos por erros da Prefeitura em meio à pior crise econômica e sanitária do último século. O descaso é ainda mais visível quando se constata que as direções escolares, também submetidas a tal retorno, veem-se sobrecarregadas e desorientadas frente às responsabilidades e obrigações que a SME deveria assumir mas prefere relegar ao administrativo das unidades sem oferecer a estrutura e a coordenação necessárias, sempre justificando sua omissão em nome de uma suposta “autonomia” que só existe quando convém ao núcleo central.

 

Não se pode deixar de mencionar ainda que, após a desmoralização do bandeiramento municipal frente à submissão do prefeito a grupos particulares sedentos por abertura apressada, o senhor Johnny Maycon aproveitou-se da própria frouxidão diante de empresários para se fazer de autoritário frente aos servidores, suspendendo o bandeiramento como um todo e atrelando o retorno presencial à bandeira do estado, mas permitindo aulas presenciais em cenários que a própria rede estadual não permite (como na bandeira vermelha) e autorizando plantões também presenciais mesmo na bandeira roxa! Percebe-se portanto o enorme descaso para com trabalhadores e trabalhadoras da educação, em especial com os já mencionados detentores de comorbidades.

 

O tímido retorno que se observou neste primeiro mês tem deixado claro que a esmagadora maioria das famílias, com razão, sente-se insegura frente às promessas vazias de Johnny Maycon, além de estar confirmando aquilo que o SEPE afirma há mais de ano: não há condições de retorno neste momento, especialmente na rede pública! Temor este que ganha contornos dramáticos quando se observa o insucesso do retorno presencial mesmo nas mais bem estruturadas escolas particulares, onde pelo menos 11 unidades já tiveram casos de covid oficialmente confirmados após os primeiros dez dias de aula. O mesmo prefeito que baseia algumas de suas decisões em pesquisas de rede social agora fecha os olhos às reivindicações da ampla maioria das comunidades escolares e ignora a triste realidade de que o município por ele governado é um verdadeiro exemplo de fracasso no combate a pandemia, tendo inclusive números de contágios e mortes proporcionalmente piores que a média brasileira, já esta muito ruim.

 

SEPE FRIBURGO e os profissionais de educação por ele representados consideram que foram usados todos os meios possíveis de negociação, diálogo e consenso junto ao poder público, o qual, no entanto, foi absolutamente inflexível, insensível e antidemocrático, não deixando outra alternativa que não a aprovação da GREVE PELA VIDA nos termos mencionados. Temos compreensão do quanto as escolas são fundamentais para o desenvolvimento das sociedades em geral, mas consideramos que a solução desse problema não pode se resumir a um retorno inconsequente, inseguro e temerário, sob pena de perdermos a vida em uma tragédia anunciada. Não podemos nos calar ou naturalizar esse absurdo, de forma que a GREVE PELA VIDA se resume portanto a uma única pauta: RESPEITO À VIDA, ATRAVÉS DA SUSPENSÃO DAS ATIVIDADES PRESENCIAIS NAS ESCOLAS SEGUIDA DE AMPLA CAMPANHA DE VACINAÇÃO PARA TODOS E TODAS! Sem isso, não há e nem nunca haverá um retorno efetivamente seguro.

 

Consideramos portanto que todos os esforços de todos os segmentos sociais devem se dirigir às campanhas por vacina e pelo distanciamento social acompanhado de medidas econômicas de assistência à população enquanto houver risco generalizado tanto para os profissionais de educação, comunidades escolares e suas famílias como para todo o conjunto da sociedade.  Não podemos nos pautar pelo atraso, pelo negacionismo ou pela irresponsabilidade dos governos federal, estadual e municipal, em suas diversas faces autoritárias e descompromissadas. TODAS AS VIDAS IMPORTAM! E OS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO LUTARÃO POR ELAS.

 

Assim sendo, convidamos toda a categoria (apoio, magistério, administrativo e direções) a aderir à GREVE PELA VIDA A PARTIR DO DIA 07/06, preferencialmente enviando a DECLARAÇÃO DE GREVE PELA VIDA (em anexo) para o email institucional de suas respectivas unidades escolares, e convocamos toda a sociedade a apoiar os atos e manifestações (simbólicas ou virtuais) dos profissionais em LUTA PELA VIDA. Ao longo dos próximos dias o sindicato estará divulgando material de informes sobre essa campanha e sobre nossos próximos passos frente à irresponsabilidade de Johnny Maycon e Rita Silva.

 

Sem mais para o momento,

 

Direção do SEPE FRIBURGO E REGIÃO.

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O prefeito Eduardo Paes foi eleito em 2º turno com votos de muitos que votaram contra Crivella. Muitas promessas foram feitas. Os dois primeiros meses da gestão Paes, contudo, não deixam dúvidas sobre o caráter ultraliberal que marcou a sua aliança de direita. Ele inicia sua gestão com a herança de um desgoverno. Para superar essa crise, escolhe o caminho do ajuste fiscal radical, alinhando-se à agenda econômica de Bolsonaro-Paulo Guedes: extinção de estatais, arrocho salarial, corte de direitos e verbas e valorização do grande capital.

Na segunda-feira (dia 01/3) a prefeitura apresentou à Câmara de Vereadores uma série de projetos de lei e um pacote fiscal propondo cortes de gastos e extinção de empresas estatais, como fundações e a Imprensa Oficial. Entre as medidas enviadas para o Legislativo Paes quer aumentar a alíquota previdenciária dos servidores de 11% para 14%. Também pretende criar seu próprio plano de previdência complementar para servidores que ganham acima do teto previdenciário (R$ 6.453,57) que desejem complementar seus vencimentos, além de incorporar créditos dos royalties do petróleo ao Funprevi que, hoje, apresenta um rombo de R$ 1,02 bilhão. Ou seja, Paes, como diversos outros governantes, mais uma vez, quer jogar a culpa do déficit previdenciário sobre os servidores municipais.

Não há surpresas. Em plena pandemia, Paes não dá descanso e começa o ano com muitos ataques à educação e aos servidores públicos. Apesar da transmissão acelerada das variantes da COVID-19, a prefeitura determina o retorno presencial das atividades escolares. Em três dias, já surgiram casos de contaminação nas escolas. As restrições são anunciadas, mas o cotidiano real é de aglomerações e de uma normalidade assustadora. Assim o prefeito vai na contramão do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), que foram enfáticos (01/03/21) na afirmação de que o Brasil vive o pior momento da pandemia, defendendo os seguintes pontos:

É preciso proibir eventos presenciais, inclusive atividades religiosas;

É preciso suspender aulas presenciais em todo o país;

É preciso adotar toque de recolher nacional; fechar bares e praias;

É preciso ampliar testagem e acompanhamento dos infectados e criar um Plano Nacional de Comunicação para esclarecer a população da gravidade da situação.

Não adianta o prefeito dizer que não é negacionista; é preciso, ele próprio, mostrar com ações claras que o seu compromisso é com a saúde e a vida.

Nesse quadro dramático, de imensas dificuldades de debate com a sociedade sobre suas medidas, o governo Eduardo Paes lança um pacote duríssimo contra os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, funcionários públicos que servem a população nos momentos mais difíceis e nas condições cada vez mais adversas:

Aumento da contribuição previdenciária de 11 para 14%;

Manutenção da suspensão do pagamento de triênios até 2024;

Corte de despesas com gratificações: no caso da educação pode significar gratificações por desempenho, difícil acesso, bônus cultura, auxílio transporte e refeição!

O prefeito Eduardo Paes pretende aderir ao Regime de Recuperação Fiscal do governo federal, que inviabiliza em vários estados os investimentos necessários em saúde e em educação!

O roteiro já é conhecido: congelamento salarial como o vivenciado pela rede estadual, que se encontra há sete anos sem reajuste, com muitos profissionais recebendo salário líquido inferior a um salário mínimo.

Esse filme já é velho: oferecer educação pública às custas da precarização ainda maior do trabalho dos professores e funcionários. Esse projeto não é novo: nenhuma qualidade para os filhos e filhas da classe trabalhadora. Não é à toa que a SME RJ retira tempos de aula de História, Geografia, Artes e Ciência: afinal, para que é necessário que a população pobre tenha consciência a respeito da sua trajetória? Para que valorizar a ciência e as artes?

Não há outro caminho: os trabalhadores precisam rearticular as suas forças, ser resistência e lutar pra não perder mais nenhum direito. Pra defender a escola pública! Pra defender o serviço público. Pra defender os nossos direitos.
 

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O Projeto de Lei municipal RJ 907/2021 representa um verdadeiro retrocesso para Educação Infantil. De um período no qual as creches eram consideradas apenas como local de guarda e cuidados, essa ideia já ultrapassada, de caráter assistencial foi superada com a promulgação da LDB-9394/96. Essa lei instituiu a Educação Infantil como primeira etapa da educação básica. Como tal, ela não pode ser confundida como espaço para abrigo, colônias de férias ou internato de crianças.

Transferindo em 2021 (Decreto nº 20525 de 14/09/2001) o atendimento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social para a Secretaria Municipal de Educação, no município RJ, a educação infantil perdia o antigo caráter assistencial. Os objetivos dessa primeira etapa da educação voltavam-se para o desenvolvimento integral, entre eles os aspectos psicológico e social, complementados pela ação da família.

A criança é reconhecida como um cidadão de direitos. Como tal tem direito à convivência familiar e comunitária, um direito fundamental garantido pela Constituição Federal (artigo 227) e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A família tem o dever de assistir, criar e educar os filhos menores em parceria com as instituições educacionais. Assim sendo, gozar as férias também é um direito pleno, conviver com a sua família e descansar das rotinas exaustivas com horário para tudo.

Nossas sociedades estão cada vez mais precarizadas e selvagens e obrigam os pais a rotinas extenuantes, nas quais mal conseguem acompanhar seus filhos. A prefeitura precisa dar condições para que as famílias convivam e tenham o direito de gozar férias juntos com seus filhos, para que todos tenham seus direitos assegurados.

Por fim, o projeto é inconstitucional e também ilegal. De acordo com a lei Nº 6.158, de 09 janeiro de 2012, com a Lei Nº 5.623 de 01 de outubro de 2013, e com o Decreto Nº 37.323 de 28 de julho de 2013, ficam asseguradas as férias coletivas para o descanso dos professores no mês de janeiro, bem como, o recesso de 15 dias no mês de julho. Portanto, a Educação infantil deve ter os mesmos direitos de todos os professores.

Já basta a luta na rede privada, cujos proprietários insistem em transformar suas creches em colônias de férias, explorando o trabalho docente. Professores e funcionários também possuem direitos. Eles têm filhos que precisam e têm direito à convivência familiar.

Assim, o PL 907/2021, além de ser um absurdo ataque aos profissionais da educação, também prejudica o processo educacional das unidades escolares, pois as férias dos educadores durante o ano letivo interferem no desenvolvimento pedagógico dos estudantes.

Esse PL nada é um equívoco. A prefeitura precisa garantir os direitos educacionais dos nossos estudantes, tão prejudicados com a pandemia. Na educação infantil, em diversas regiões da cidade, as unidades não possuem condições estruturais de funcionamento durante o ano letivo.

Chega de medidas eleitoreiras! A educação pública carioca precisa de investimento maciço e observância estrita de todos os protocolos sanitários que realmente garantam a saúde da comunidade escolar!
  

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O Sepe vê com espanto e repúdio a notícia de que o prefeito Eduardo Paes quer reabrir as escolas municipais já na próxima segunda-feira (dia 5/4). Num momento em que os índices de casos e óbitos superam os dos piores momentos da pandemia no ano passado e o Brasil e o Rio de Janeiro se encontram com o sistema de saúde colapsados, com pessoas morrendo por falta de vagas nas UTIs, o prefeito Eduardo Paes pretende anunciar no próximo domingo a volta das aulas presenciais neste dia

O anúncio da medida foi noticiado pelo colunista Lauro Jardim, no Portal do Jornal O Globo na tarde desta quinta-feira (dia 01 de abril).

Mais uma vez, a prefeitura e a Secretaria Municipal de Educação (SME) demonstram uma total falta de sensibilidade e de respeito para com a vida dos profissionais de educação e alunos das escolas da rede municipal. O Sepe já enviou diversos ofícios para o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, denunciando as dezenas de casos da doença em profissionais que voltaram para o trabalho presencial nas escolas. Nestes documentos também mostramos a falta de condições das unidades da rede no tocante à segurança sanitária e à falta de infraestrutura para proteger profissionais e alunos.

No dia 31 de março, o Brasil registrou 3.950 mortes pelo coronavírus em 24 horas, um recorde desde o início da pandemia, em fevereiro de 2020. Os especialistas em epidemiologia são quase unânimes em afirmar que a disseminação do vírus no Brasil se encontra fora de controle e as únicas armas para conter uma catástrofe sanitária mais grave são a implementação de medidas rígidas de isolamento social, incluindo o lockdown, e a vacinação em massa da população.

Diante destes dados, é incompreensível a atitude do prefeito do Rio de Janeiro e do secretário municipal de educação, que insistem na ideia de abrir as escolas e colocar em risco a vida dos integrantes da comunidade escolar e, mesmo, da população em geral. Ao mandar reabrir as escolas sem o devido controle da epidemia, Eduardo Paes e Ferreirinha agem de forma irresponsável e assumem para si o discurso negacionista do presidente Jair Bolsonaro e de outras autoridades que ignoram os riscos da covid-19 desde o início da pandemia. Ao compactuar com o governo federal o prefeito e seu secretário de Eduação se tornam cúmplices de um crime de responsabilidade, já que pandemia matou mais de 320 mil brasileiros até o presente momento e, segundo os cientistas, ainda pode matar muito mais.

Os profissionais da rede municipal estão em greve pela defesa da vida e da saúde, ratificada na última assembleia virtual, realizada no dia 30 de março. Não aceitaremos colocar nossas vidas em risco por causa da irresponsabilidade de governos, que deveriam trabalhar para a preservação das vidas dos cidadãos ao invés de expô-los ao risco de contágio. Deste modo, dizemos não à volta do trabalho presencial e exigimos vacinação já para toda a população.

DIREÇÃO DO SEPE RJ

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