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O Sepe RJ recebeu com extrema indignação as declarações do prefeito do Rio de Janeiro em uma Live, na Internet, dia 19/11, em que ele afirma que os profissionais de educação poderiam vir a praticar crime de pedofilia nas escolas caso outro candidato seja eleito em seu lugar.

Trata-se, o que foi dito, de um absurdo tão grande que perguntamos: como o prefeito de uma cidade como a nossa pode vir a fazer tal declaração?

Ressaltamos que nenhum professor ou professora, sob qualquer governo, incitaria ou ensinaria uma prática criminosa. Infelizmente, mais uma vez, nossa profissão é barbaramente atacada por um governante que, durante quatro anos de gestão, sempre mostrou descompromisso e descaso para com a valorização do trabalho da categoria.

O atual prefeito, desesperado com o resultado das projeções dos institutos de pesquisa para o 2º turno das eleições, aposta tudo no jogo eleitoral rasteiro por meio de mentiras e truques que só servem para desviar o foco da sua desastrosa gestão e alarmar a população. Depois de provocar, em plena pandemia, o irresponsável retorno das atividades presenciais nas unidades escolares às vésperas da eleição, colocando em risco a vida dos integrantes da comunidade escolar, agora sugere que a prática criminosa da pedofilia nas escolas possa acontecer no caso de vitória de outra chapa. Ensandecido, ele faz uso da internet para dissimular fake news, criando alianças entre os seus opositores que só existem na cabeça dele.

Dessa forma, ele ataca frontalmente os profissionais que atuam nas escolas; ataca os professores e funcionários que trabalham, muitas vezes, em péssimas condições de trabalho, buscando garantir o direito à Educação para as crianças.

Insistimos: se não bastasse o baixo nível de debate na Live, o atual prefeito colocou em dúvida a postura de milhares de educadoras e educadores da rede municipal. Isso é inadmissível!

Ao invés de propor saídas para melhorar a Educação carioca; ao invés de melhorar a estrutura das escolas e deixar de perseguir servidores em greve; ao invés de trabalhar para tirar o município do atoleiro fiscal e econômico em que se encontra – até agora, os servidores não sabem quando será pago o 13º salário, por exemplo -, o prefeito deveria respeitar os servidores e valorizá-los; deveria propor uma saída para educação durante e após pandemia.

É isso que se espera de um governante que deseja permanecer à frente da prefeitura pelos próximos quatro anos.

No entanto, o atual prefeito do Rio de Janeiro opta por um debate rasteiro e procura colocar dúvida sobre a dignidade e o profissionalismo dos servidores da educação.

O Sepe não aceita essa investida contra a honra dos professores e funcionários; e temos certeza que toda a sociedade carioca pensa o mesmo. Exigimos a imediata retratação da parte do governo municipal e da Secretaria Municipal de Educação, responsável pela gestão da rede e que tem no comando uma secretária que, antes de tudo é uma profissional de educação.

Direção do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação RJ 

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