Recepção: (21) 2195-0450. Agendar atendimento no Depto. Jurídico: (21) 2195-0457 / (21) 2195-0458 (11h às 16h).

Os deputados da Assembleia Legislativa votam nessa terça-feira (31), em sessão prevista para se iniciar às 14h50, o Projeto de Lei 2036/2020 que propõe implementar a plataforma de Educação à Distância (EAD) na rede estadual, como forma de substituição das aulas presenciais durante o período de suspensão das atividades no espaço escolar por determinação do governo estadual, devido à pandemia. A sessão será transmitida pela TV Alerj tanto na televisão quanto no Youtube.

A direção do SEPE tem plena consciência do papel da escola junto aos estudantes nesses tempos de distanciamento social. No entanto, deveria ser facultada a cada comunidade escolar a liberdade de organizar a assistência aos alunos neste delicado momento, sempre seguindo as normas ditadas pelas autoridades da Saúde.
Dessa forma, orientamos que a categoria entre em contato, imediatamente, com os deputados por meio das redes sociais, envie mensagens, pedindo que os parlamentares não aprovem o PL. O contato pode ser feito por este aqui.

O profissional também pode pesquisar pelos nomes os endereços dos parlamentares no Face e Instagram – todos eles tem conta nessas redes. 

Por isso, também nessa terça-feira (31), convocamos a categoria a se manifestar na Audiência Pública online sobre o PL 2036 que a ALERJ promoverá, a partir de 10h, com transmissão pela TV Alerj e pelas plataformas digitais dos parlamentares. Ao assistir a audiência no YouTube, envie mensagens pedindo a rejeição do PL 2036.

O momento é agora. Vamos pressionar!
  

Assine a petição eletrônica contra o PL 2036

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FONTE: SEPE MESQUITA

EAD em meio a pandemia é oportunismo!
Reabertura das escolas é morte!
Reais alternativas para rede estadual e rede municipal de Mesquita.

"Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades.
O tempo não para."
Cazuza

Vivemos uma pandemia mundial que já produziu quase 30 mil vítimas fatais. Um vírus resistente, de alto contágio transmitido por saliva, fezes, urina e demais excrementos. De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento 48% da população não possui coleta de esgoto e 35 milhões de brasileiros não tem acesso a água tratada.

No Rio de Janeiro vivemos o desmonte da Cedae numa lógica de sucatear para privatizar, com uma crise no tratamento de água.

Diante dessa realidade vemos o número de pessoas contaminadas mais que dobrar a cada dia.

O Teto de Gastos, a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Reforma da Previdência e tantas outras medidas colocam como prioridade Estatal o superávit primário para pagamento da corrupta, criminosa e injusta Dívida Pública, sacrificando direitos do povo brasileiro.

O Estado brasileiro, mesmo nessa crise prefere se dedicar ao lucro de empresários e banqueiros do que garantia e sobrevivência aos trabalhadores. Ao mesmo tempo, o Ministro da Saúde afirma que em abril o SUS entrará em colapso, não dispomos de testes, leitos e profissionais da saúde suficientes para atender a população. Diante da gravidade deste quadro, hospitais de campanha estão sendo construídos em estádios de futebol, no areoclube de Nova Iguaçu e outras áreas, pois o momento é grave.

De forma oportunista o secretário estadual de Educação, Pedro Fernandes, e o governo do Estado ressuscitam a implantação do EAD na Educação Básica e tentam aprovar as pressas um projeto de lei na Alerj, com o mesmo oportunismo tentou, derrotado, aprovar a Educação Domiciliar nessa semana.

O Governo estadual de maneira ardilosa tem se aproveitado da pandemia pra fazer avançar um projeto de desmonte da Educação Pública, sequência da política de fechamento de escolas, turmas e turnos, e retirando do Estado o dever de garantir educação digna.

A Educação à Distancia é a precarização do trabalho de educadores e educadoras, é a substituição da relação educador-estudante-comunidade, por um produto padronizado de educação numa lógica bancária.

A educação que defendemos é libertadora, educar não é "depositar" conteúdos prontos e reproduzi-los, sem transformação ou construção.

Consideramos que ao impor a continuidade das aulas através de uma plataforma virtual, o secretário ignora a realidade, adotando uma medida oportunista e irresponsável que está fadada a fracassar e servirá como trampolim para campanhas eleitorais e como forma de culpabilizar professores e estudantes.

A medida apresentada é excludente, porque exige de professores, que estão sem reajuste há 6 anos, e estudantes, que em geral estão em situação de vulnerabilidade social e alimentar, certa estrutura tecnológica para acessar a plataforma e apresenta como alternativa a quem não os possui esses recursos a exposição, indo a escola para ter acesso, o que é contraditório com o estado de quarentena.

Não estamos em férias e nem mesmo em recesso, estamos em quarentena para, conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), evitar a disseminação do Convid-19.

É preciso destacar que a rotina de uma quarentena é desgastante tanto física como mentalmente, exige intenso cuidado pessoal e de familiares, manutenção da casa, higienização de produtos, roupas e calçados, entretenimento das crianças, cuidado dos idosos, construções de redes de solidariedade locais, para além de outras tarefas.

Ao mesmo tempo o secretário interino municipal de educação, Renato Miranda, anuncia a reabertura das escolas no dia 13 de abril, medida totalmente desconectada da realidade, e das recomendações da OMS, alinhada a posição do governo Bolsonaro, que chama a pandemia de gripezinha e diz que algumas mortes não podem parar a economia.

Quem de nós e de nossas famílias podem morrer?

Nesse momento defendemos que antes de buscar soluções oportunistas e insuficientes, os profissionais da educação, querem e precisam manter contato com a comunidade escolar, colegas, responsáveis e estudantes, queremos saber como estão lidando com esse momento, queremos manter o que é mais importante da relação pedagógica: a relação humana!

Defendemos que dentro das nossas possibilidades, podemos construir com nossas escolas redes autônomas de comunicação e solidariedade, propor atividades complementares aos seus estudantes, para manter o hábito de estudo e ajudar jovens e responsáveis a construir uma rotina dentro de casa, mas que de forma alguma substituem o ano letivo.

Jamais devemos pensar nisso como algo obrigatório, tanto a professores quanto a estudantes e muito menos que sejam adotada qualquer forma de punição ou assédio.

Orientamos a todas e todos, sejam da rede estadual ou da rede municipai, fiquem em casa! Cuidem-se!

Aos colegas de rede estadual convocamos para participar da audiência pública que irá debater a PL da EAD do Governo Estadual, na terça-feira, 31, breve divulgaremos o link.

E observarem com atenção a votação na Alerj marcada para quarta-feira, 01 de abril, dia de votação do PL do EAD da Mentira e do Êngodo.

Momentos de crise nos mostram a crueldade, a exploração e opressão do sistema em que vivemos. Por isso resistam! Criem redes de apoio e solidariedade! Preservem a saúde física e mental!
Pois mesmo distantes ninguém solta a mão de ninguém!

Direção Colegiada Núcleo Mesquita 

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