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Veja abaixo nota divulgada pela Associação Nacional de História (ANPUH) contra os cortes do governo federal nas bolsas da Capes do projeto ProfHistória.
 
NOTA DA ANPUH-BRASIL SOBRE O PROF HISTÓRIA
 
A direção da Associação Nacional de História – ANPUH-Brasil denuncia os prejuízos causados a todos os nossos discentes do ProfHistoria, em razão dos adiamentos e cortes de bolsas, em um dos projetos mais vigorosos da Capes, o ProfHistória.
 
A despeito das centenas de cartas, manifestos e abaixo-assinados, não temos conseguido sensibilizar o governo, tampouco a sociedade civil. Esta última, paralisada em face à  destruição do sistema educacional e das ciências do país.
 
Talvez precisemos encontrar nossas formas de pressionar um governo tão focado em nos destruir. O que iremos fazer? Sucumbiremos? Naturalizaremos os pacotes das maldades, aprovados para fortalecer o obscurantismo e a Ignorância?
 
O atual governo não é apena fascista.Talvez seja algo ainda pior. Eles não são formados por intelectuais de extrema-direita. O governo escolhe o ignorante de má fé, alguém capaz de aceitar qualquer cargo apenas pela chance de ter algum poder sobre os que sabem muito, mais muito mais do que eles. O imbecil é o intelectual às avessas, cuja inveja do saber de outrem aciona a perversidade  como uma aparelho  de destruição do ensino e das ciências. 
 
Os historiadores e historiadoras do futuro passarão décadas a discutir como fomos capazes de aceitar um retrocesso tão avassalador. Os investigadores, investigadoras e os docentes de hoje, no entanto, continuarão nessa luta desigual e desumana. Continuaremos fortes, a despeito de que talvez  não consigamos  reverter nada para os próximos meses.  
As derrotas são provisórias, nos deixam desanimados e sem esperanças. Mas se o conhecimento nos liberta, o sofrimento nos mobiliza e a empatia nos protege, continuaremos unidos, pois os embates continuam. Somos muitos.
 
Encontraremos  novas  formas, novas vozes, novos cantos a ecoarem em breve para dizer ao mundo: estamos aqui e daqui não sairemos. 
 
História em combate. 
Associação Nacional de História
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O Sepe convoca os profissionais de educação para um ato público na porta da Alerj, nesta terça-feira (dia 3 de dezembro), a partir das 13h, contra o projeto de lei do governador Wilson Witzel,que institui a militarização nas escolas da rede estadual. Neste dia, os profissionais irão protestar para pressionar os deputados estaduais com o objetivo de que eles retirem da pauta de votação o projeto de militarização enviado por Witzel para a casa. Não podemos admitir que tal proposta intervencionista do governo do estado seja implementada nas nossas escolas, sob a forma de tutela de militares que nada tem a ver com o processo pedagógico-educacional. A escola pública é civil e, não, militar.  Todos ao ato contra a militarização da rede estadual, nas escadarias da Alerj, nesta terça-feira (dia 3/12), a partir das 13h.

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O Sepe e os profissionais de educação questionam a proposta do chamado "Currículo Carioca”, apresentado pela SME para que seja aprovado na próxima sessão do Conselho Municipal de Educação, dia 03/12/2019, sem qualquer discussão com a comunidade escolar e com a catgoria. O Sepe e sua representação no CME protestam e questionam a aprovação desse documento pelas seguintes questões:

Por um processo democrático de construção do currículo da rede municipal do Rio!
 
Durante o ano de 2018, a rede municipal do Rio foi convocada a discutir as novas orientações curriculares à luz da implementação da BNCC. A iniciativa correta apresentou-se insuficiente. As discussões ocorridas em grupos de polos nas CREs não alcançaram a categoria. Muitos problemas aconteceram nesse percurso: professores não foram comunicados e outros sequer foram liberados pelas UEs para participarem dos fóruns. Os debates realizados por CRE, de forma muito desigual, indicaram importantes polêmicas acerca da proposta de documento da SME, destacando-se os currículos de ciências e matemática. 
 
É importante frisar que a aprovação da BNCC, baseada num conceito de um currículo mínimo nacional e centrado na seleção de conteúdos, é a origem de diversas polêmicas no debate curricular. Dessa forma, a maior rede de ensino da América Latina deveria realizar uma discussão democrática e com a profundidade necessária que o tema exige.
Causa-nos surpresa o lançamento do documento “Currículo Carioca”, apresentado pela SME para que seja aprovado na próxima sessão do Conselho Municipal de Educação, dia 03/12/2019. O SEPE e sua representação no CME protestam e questionam a aprovação desse documento pelas seguintes questões:
 
1. Numa rede tão extensa como a do município do Rio, cujas decisões de política educacional adquirem uma grande impacto sobre o estado e o país, o debate curricular deve significar um caminho processual e aprofundado, sendo contraditório qualquer tipo de celeridade. 
 
2. Ao final do ano de 2018, houve a apresentação de uma primeira sistematização das discussões curriculares na SME (acompanhada pelo sindicato). Nenhuma escola da rede, até o momento, tem o conhecimento desta sistematização e das principais polêmicas que nortearam os trabalhos nas CREs. Durante todo o ano de 2019, o SEPE cobrou da SME a continuidade da discussão no chão das escolas, que deveria culminar com um encontro que reunisse de forma mais ampla os professores das 11 CREs, antes do envio da proposta ao Conselho Municipal de Educação. E isso não aconteceu.
 
3. O prazo de discussão da BNCC em cada estado é o ano de 2020, não havendo motivo para uma decisão apressada, restringindo o debate entre os profissionais da educação. Observa-se que o documento de orientação curricular para o estado do Rio não se submete a este modelo. As redes e sistemas municipais têm liberdade para adequá-los. Isso nos preocupa, pois, antes mesmo da finalização da revisão das orientações curriculares, a SME fez encaminhamentos que comprometem estas escolhas, como a adoção de método fônico através da aquisição do material Alfa e Beto.
 
O Sepe protesta contra a aprovação pelo CME de um documento que não foi discutido com a rede municipal do Rio. Dessa forma, é necessário apresentá-lo ainda esse ano às unidades escolares e retomar o debate em 2020, para que este novo documento seja o resultado de um processo democrático. O Sepe, através da sua representação no CME RJ, também reivindica que não haja deliberação na próxima sessão. Nesse momento de graves ataques à democracia brasileira, é fundamental que as instituições primem pela construção coletiva e pelos princípios democráticos. E nenhuma razão apressada é mais importante do que este compromisso.
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